Periodo anglo - saxão

Este período se estende, aproximadamente, de 450 até 1066, ano da conquista normanda da Inglaterra. As tribos germânicas, que invadiram a Inglaterra no século V, trouxeram o antigo inglês ou língua anglo-saxã, base do inglês moderno. (ver Língua inglesa), além de uma tradição poética específica, cujas características formais continuaram a ser praticadas até a derrota germânica diante dos invasores franco-normandos, seis séculos mais tarde.

Celtas

Celtas é a designação dada a um conjunto de povos, organizados em múltiplas tribos, pertencentes à família linguística indo-europeia que se espalhou pela maior parte do noroeste da Europa a partir do segundo milénio a.C..Era um povo formado por indivíduos fortes e altos. Dedicavam-se muito à arte da guerra, embora também tenham desenvolvido muito o aspecto artístico, principalmente o artesanato. Conheciam técnicas agrícolas desenvolvidas para a época como, por exemplo, o arado com rodas. Fabricavam jóias, armaduras, espadas e outros tipos de armas, utilizando metais. Fabricavam carros de guerra desenvolvidos, quechegavamaprovocarmedo nos inimigos.

Religião

Possuíam uma religião politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Faziam seus rituais religiosos ao ar livre. As crenças religiosas dos celtas também originaram muitos dos mitos europeus. Entre os mais conhecidos está o mito de Cernunnos, também chamado de Slough Feg ou Cornífero na forma latinizada, comprovadamente um dos mitos mais antigos da Europa ocidental, mas do qual pouco se conhece.

Organização Política:

Apesar de sua dispersão política e cultural, a antiga civilização celta estendeu sua influência por todo o continente europeu, desde as ilhas britânicas até os Balcãs, e mesmo até a Anatólia. Essa influência ainda se percebe em algumas das línguas faladas na Europa, como o gaélico e o bretão. No fim do segundo milênio antes da era cristã, os celtas começaram a individualizar-se como um grupo de características próprias depois de um longo processo de formação, no qual conseguiram impor-se a outros povos e atuar como aglutinadores de todos eles. Assim surgiu uma civilização comum a grande parte da Europa, a cultura dos túmulos (assim denominada em virtude do costume de sepultar os mortos sob grandes túmulos de terra), que alcançou seu desenvolvimento máximo por volta de 1200 a.C. Entre os séculos XII e VIII a.C., floresceu a cultura dos campos de urnas, considerada a primeira grande expansão do povo celta. Suas principais características foram a utilização de objetos de bronze e a celebração de um ritual funerário diferente do da cultura dos túmulos: o morto era incinerado, e suas cinzas postas numa urna.
O apogeu econômico dos celtas e sua presença no mundo comercial de então podem ser detectados na cunhagem de moedas a partir do século IV a.C. Durante o período La Tène, os celtas fixaram residência em lugares de fácil defesa e difícil acesso para os possíveis inimigos ou nas margens dos rios. Foi nessa fase que a religião celta atingiu seu mais alto desenvolvimento. A magia e a adivinhação eram apanágio dos druidas, sacerdotes e sábios, dirigiam as cerimônias religiosas para celebrar as forças da natureza. A atividade desses sacerdotes, depositários da tradição cultural céltica, conservava os vínculos entre os povos celtas do continente e os das ilhas britânicas. No século IV a.C., os celtas iniciaram uma profunda incursão na Itália.

Sua decadência

A expansão celta se deteve a partir do século III a.C., em conseqüência da reação defensiva dos povos do Mediterrâneo, principalmente de Roma. O poderio romano começou a impor-se sobre uma civilização que, carente de unidade política, não tinha como se manter em já tão grande extensão territorial. Sua decadência se prolongou até o século I a.C., momento em que todas as tribos, exceto as da Irlanda, tiveram que submeter-se à nova potência emergente, o Império Romano.

Romanos

Os povos romanos, dominaram a Inglaterra por cerca quatro séculos, e estabeleceram suas organizações politicas, culturais e religiosas. Suas maiores contribuições para o país foram, o cristianismo a organização politica e social, a oficialização do Latim e a introdução dos diversos generos literários (épico, comédia, sátira, história, biografia e prosa narrativa) que contribuiram para o desenvolvivemento literário e da constituição da Língua Inglesa.

O império



Concentração de poderes; Alto Império (séc I – III): Máximo desenvolvimento do Império Romano. Expansão territorial máxima; Grande afluxo de riquezas; política do Pão e Circo – estabilidade; Sociedade: 60 milhões (5,5 milhões = cidadãos); Hierarquia baseada na renda PAX ROMANA (Augusto)

Expansão

Roma surgiu como uma fortificação para proteger-se das invasões estrangeiras. A evolução militar romana foi excepcional e, ao longo da Monarquia e início da República, os romanos já haviam conquistado toda a península Itálica. Com estas conquistas, Roma passa a exercer uma política imperialista ( de caráter expansionista ), entrando em choque com CARTAGO -importante colônia fenícia no norte da África -que controlava o comércio marítimo no Mediterrâneo.O conflito entre Roma e Cartago, as Guerra Púnicas, inicia-se em 264 a.C., quando Roma anexou a Sicília, e estende-se até o ano de 146 a.C. quando o exército romano, comandado por Cipião Emiliano destruiu Cartago.Atraídos pelas riquezas do oriente, Roma conquista a Macedônia, a Grécia, o Egito e o Oriente Médio. A parte ocidental da Europa, a Gália e a península Ibérica também foram conquistadas.

Cultura

· Código de DIREITO (Direito Civil, das Gentes e Natural) O direito é o conjunto de leis romanas.
As leis Roma teve como base as “leis das XI tábuas”, que foram as principais leis escritas.
Em quanto Roma era apenas uma cidade as leis recebiam o nome de “Jus Civile” (direito dos cidadãos). Quando Roma passou a dominara Europa novas leis foram feitas, para serem aplicadas aos novos habtantes, denominado “Jus Gentium” (direto dos povos). Essas leis duraram ate o século III, no governo de Caracala, quando a cidadania foi estendida a todo o império.
· Arquitetura: Prática (estradas, pontes, aquedutos, Fórum, estádios) A arquitetura é simples, do estilo romano. Seus templos eram parecidos com os gregos, grandes colunas e telhados em forma de triângulo isósceles.
Destacam-se as construções para espetáculos, como o
circo máximo, milhares de pessoas se aglomeraram para assistir às corridas de bigas (carroças puxadas por cavalos). Outro é o estádio do Coliseu, em Roma, onde eram realizados grandes espetáculos, como as lutas dos gladiadores e animais. No estádio cabiam 50 mil pessoas.
· Literatura: Uso do Latim (Cícero e Ovídio) O latim, língua falada pelos romanos, é usado ainda hoje na religião, ciências e nas leis.
A literatura romana também recebeu influencia dos gregos, algumas obras foram traduzidas das obras gregas.
Na literatura destacam-se Tácido autor de Anais e César autor das obras sobre guerra civil e a Guerra de Gália.
· Religião: Paganismo (Gregos) e Cristianismo. A religião romana abrangia o culto familiar e o culto público. A Família romana cultuava seus antepassados .Os deuses protetores da família eram chamados , lares. Todos os bens da família e todos os alimentos estavam sob a guarda de deuses especiais , os Penates .Esses deuses eram cultuados pela pater , junto à lareira , onde o fogo sagrado da família permanecia sempre aceso. Durante as refeições espalhavam-se alimentos perto do fogo para a proteção das divindades. Nos túmulos dos mortos eram colocados alimentos para pacificar os deuses Manes e atrair sua proteção. Os romanos eram politeístas , acreditando numa multidão de deuses . Os deuses romanos são emprestados dos gregos , sendo o principal Júpiter, senhor dos deuses. Havia muitas divindades : Juno , deusa da família ; Marte , deus da guerra ; Vênus, deusa da beleza ; Baco, deus do vinho; Minerva , deusa da sabedoria ; Vesta , deusa do Estado e outras mais .

Anglo - saxões

Dá-se o nome genérico de anglo-saxões aos diversos grupos germânicos que, a partir de meados do século V da era cristã, invadiram e colonizaram a Inglaterra, reduzindo a população local à servidão. Seu predomínio se estendeu até o século XI, quando sucumbiram à conquista normanda. Uma vez estabelecidas na Inglaterra, as diversas tribos que passaram a chamar-se anglo-saxônicas desenvolveram uma série de dialetos que, de acordo com a preponderância ou a sujeição dos reinos onde eram falados, influenciaram com maior ou menor força a criação de um idioma comum. Entre esses dialetos, impôs-se o anglo-saxão ocidental, que recebeu decisivo impulso no século IX, durante o reinado de Alfredo o Grande, e do qual deriva o inglês atual. Era uma língua ainda fortemente ligada a suas origens germânicas, com declinações, e seu alfabeto viria a conservar-se em parte.
Os anglo-saxões produziram excelente literatura, com temas épicos, religiosos e históricos. Sua poesia se caracterizou por complicadas e belas metáforas e jogos de palavras.

Vikings

Os vikings eram povos que habitavam a região da Península da Escandinávia (extremo norte da Europa) nas épocas Antiga e Medieval. Foram também chamados de normandos pelos franceses e italianos na Idade Média। A palavra viking origina-se do normando “vik” cujo significado mais provável é “homens do norte”.






Expansão

Os Vikings navegavam nos aperfeiçoados e belos drakars - os compridos barcos a vela e a remo esculpidos na madeira। Foram os primeiros na Europa do Norte a construí-los com velas। Com isto ganhavam enorme vantagem sobre as embarcações de outras nações, movidas a remos.



E navegando cada vez mais distante, tomaram grande parte da Suécia e da Escócia, a ilha de Man, as ilhas Hébridas, a Islândia, a Groenlândia e outros territórios russos, suecos e finlandeses e construíram um respeitável povoado na região do fiorde de Oslo. Acabaram por unificar a Noruega, reinando sobre ela durante anos.

Religião

Eles prestavam cultos a muitos deuses. Odin, Thor e Frey eram mais cultuados. O martelo do deus Thor, o mais venerado, era como um berloque que usavam para atrair a boa sorte. No período viking a Noruega conheceu um desenvolvimento notável: a agricultura, o comércio e a construção de barcos foram as atividades mais importantes. Tudo o que se sabe sobre o passado desse país está baseado em lendas, nas famosas sagas que descrevem as aventuras marítimas dos temíveis guerreiros.

Literatura Anglo-saxônica

A literatura Anglo-saxônica apresenta um caráter anônimo tendo sua principal obra “Beowulf”, um poema épico recheado de acontecimentos sobrenaturais e misticismo, originalmente pertencente ao repertório das histórias orais do povo. Do ponto de vista simbólico, percebe-se a presença do Cristianismo, mesmo religiosamente considerados pagãos, a Literatura dos anglo-saxões foi registrada pelos monges da igreja católica e aos seus registros adicionados termos e idéias do cristianismo. Ainda nesse período é desenvolvido o gênero textual lírico, com a intenção de refletir na literatura o estado da alma do homem, um momento frio, melancólico e solitário, que figurava na fala dos scopas e no registro dos monges.
Os anglo-saxões produziram excelente literatura, com temas épicos, religiosos e históricos. Sua poesia se caracterizou por complicadas e belas metáforas e jogos de palavras.
No entanto, é nessa época que se consegue perceber um estruturação do fazer literário inglês, que dando seqüência ao que inicialmente “Beowulf” representou, utiliza-se de recursos da literariedade como referências para a produção dos textos, entre eles as kennings (espécie de metáfora), a aliteração, a metonímia, a sinédoque, o tom elegíaco e a lamentação como podemos perceber no poema lírico a seguir:

Onde estão o cavalo e o cavaleiro?
Onde está a trombeta que estava tocando?
Passaram como chuva na montanha,
Como vento nos prados.
Os dias sumiram no Oeste,
Atrás das colinas,
Para as sombras

Por fim, a Crônica anglo-saxônica, coletânea de notícias históricas em prosa e verso que começou a ser redigida por ordem de Alfredo, encerra a história da Inglaterra até meados do século XII, época da decadência do idioma anglo-saxão.

Seafarer

O Marítimo

Seafarer é um poema de autor desconhecido, clássico da literatura anglo-saxônica, gravado no Livro Exeter dos quatro manuscritos sobreviventes. Com 124 linhas é comumente referido como uma elegia em poema que chora a perda ou mais geralmente um triste pedaço de escrita. É dito a partir do ponto de vista de um velho marinheiro, que avalia a sua vida como ele próprio a tem vivido. Além disso, o poema pode ser lido como um monólogo dramático, os pensamentos de uma pessoa, ou como um diálogo entre dois povos. A primeira seção é uma descrição dolorosa pessoal do sofrimento e das atrações misteriosas da vida no mar. Na segunda seção, o eu-lírico faz um deslocamento abrupto à especulação moral sobre a natureza breve da fama, fortuna, e da própria vida, terminando com uma opinião explicitamente sobre o Deus cristão. Nesta seção, o eu-lírico incita o leitor a esquecer as realizações terrestres e antecipar o julgamento de Deus na sua vida após a morte. O poema endereça idéias pagãs e cristãs sobre superar o sentido do sofrimento e da solidão, por exemplo, o eu-lirico discute ser enterrado com o tesouro e a glória das vitórias nas batalhas, e igualmente temendo o julgamento de Deus na vida após a morte (cristão). Retrata o conflito de gerações, mostrando o homem velho como pessimista e o homem jovem como otimista. Além disso, “O Seafarer" pode ser pensado como uma forma de alegoria em discutir a vida como uma viagem sendo condição humana como aquela do exilado do deus no mar da vida. Recentemente uma peça de teatro na Broadway de Conor McPherson, baseado em Seafarer, fez muito sucesso entre a crítica, o trailler logo embaixo mostra um pouco dessa peça.
http://www.youtube.com/watch?v=FNPhRFWFxqI

“Posso fazer uma verdadeira canção
Sobre mim .
Das minhas viagens
como é que eu frequentemente suportou
dias de luta,
incômodos vezes,
[como eu] tem sofrido
crispada tristeza no coração,
ter conhecido no navio.”

Beowulf - O poema

Beowulf (c. entre 700 - 750 d.C.)[1] é um poema épico tradicional, escrito em inglês antigo[2] com o emprego de aliteração. Com 3.180 versos – é mais longo do que qualquer outro poema em inglês antigo –, representando aproximadamente 10% do conjunto da literatura anglo-saxã[3] que sobreviveu até hoje. O poema não contém um título no manuscrito, mas é conhecido como Beowulf desde o começo do século XIX. É o mais antigo poema escrito em língua moderna e é um dos mais célebres poemas épicos, um marco na literatura medieval.Se você não leu Beowulf, eis um pouco de informação adicional, começando por um fato curioso. Este poema, tão importante na literatura inglesa, passa-se inteiramente fora da Inglaterra. Toda a ação transcorre na Escandinávia porque o poema se baseia em lendas levadas à Inglaterra junto com a nova língua.Ambientado em uma era de guerras entre os dinamarqueses, os suecos e uma tribo chamada geats (vinda do que é hoje a Suécia meridional), o poema é, em grande parte, dedicado a lutas entre o guerreiro geat –Beowulf– e três criaturas. Os eventos principais transcorrem como segue:Podemos dividi-lo em três partes. A primeira parte narra as aventuras do herói homônimo, que viaja a corte do rei Hrothgar para o livrar da terrível predação do demônio Grendel, um grande ogro[4] que busca vingança pela morte de seu pai. Beowulf vence e fere mortalmente Grendel em duelo antes que ele fuja, utilizando por arma apenas as suas mãos nuas. Num segundo momento, a mãe de Grendel vem vingar a morte do filho com novas carnificinas. Beowulf segue o seu rasto até uma caverna submarina onde a combate e vence. O relato então é cortado por um longo hiato temporal e no terceiro e último momento do poema encontramos o mesmo Beowulf, já idoso e rei entronado do seu país, que volta a ação e intenta a façanha de livrar o seu reino de um dragão, que fora acordado por um servo que roubara uma taça do seu tesouro. Beowulf ataca o dragão na sua própria caverna, mas apenas consegue matá-lo a custo da sua própria vida. O poema termina com o funeral do rei e herói.O poema, naturalmente, é muito mais do que uma simples sucessão de cenas de luta. Permanece como a mais famosa obra de seu tempo por causa de seu estilo, seus detalhes reveladores e seus temas grandiosos. Este épico poema, como já fora dito anteriormente, serviu como uma das fontes de inspiração para a obra de Tolkien, O Senhor dos Anéis, que pegou emprestado um pouco de cada um desses ingredientes.

O filme

Inspirado em um antigo poema, o filme conta a história do destemido guerreiro escandinavo Beowulf (Ray Winstone, ele vivia na Finlândia, chamada "A Grande Terra", onde inclusive lhe tinham oferecido o trono do país, por suas façanhas contra os inimigos. Mas Beowulf recusava em favor do filho da rainha, que era apenas uma criança, e concordou reinar junto com ele até que tivesse idade e experiência para reinar só.
O Rei Hrothgar e o seu filho Grendel
Por doze anos o reino de Hrothgar era atormentado pelo monstro Grendel, que atacava seus súditos, destruí a aldeias e atacava quem quer se colocasse no caminho. Grendel era uma criatura mágica, a qual nenhuma arma forjada pelo homem poderia fazer dano, tornando-o quase invencível. Ninguém sabia de onde vinha, simplesmente apareceu e começou a destruir aldeias e devorar pessoas. Vivia nos pântanos próximos ao reino, onde ninguém se aventurava por medo de encontrá-lo. Só saía à noite, e muitas vezes entrava no palácio real e devorava quem encontrasse.
O desafio
Mas ao ouvir sobre o infortúnio que se abatia na Dinamarca, Beowulf zarpou da Finlândia com destino a Dinamarca com firme propósito de libertar a terra do monstro Grendel. Junto com ele iam 14 guerreiros para colaborar. Assim que chegaram às costas da Dinamarca foram recebidos pelos servidores do rei. Beowulf foi levado ao castelo, sendo recebido com honras e teve um banquete em sua homenagem.
Hrothgar contou a Beowulf todas as desgraças que Grendel os fazia passar: campos incendiados e destruídos, colheita aniquilada, até seu castelo era presa da cólera do ser; muitos haviam desaparecido sem deixar rastro. Era provável que o mostro os levasse à sua toca para lá devorá-los. Quando Beowulf perguntou qual o aspecto do monstro, Hrothgar não teve como explicar, porque todos os que o tinham visto, estavam mortos ou desaparecidos.
> O Primeiro Confronto
A noite estava alta e todos, menos Beowulf, dormiam. Era tudo tranquilidade e silêncio. Só se escutava o vento que agitava suavemente as folhas das árvores. De repente, sem prévio aviso, entrou o monstro Grendel no local. Rapidamente Beowulf se levantou e quis dar aviso a seus companheiros; mas a entrada de surpresa de Grendel os tinha tomado desprevenidos, e o mais próximo ao monstro foi feito em pedaços por suas enormes e fortes garras.
Beowulf se jogou sobre o monstro e lutou sem armas, utilizando unicamente sua força. Era de fato uma criatura muito peluda, maior que um homem, porém devido à escuridão, Beowulf não podia ver seu rosto. Lutou corpo a corpo contra a grande besta; sua força era excepcional. Mas Beowulf também era forte e, graças a isso, pôde contê-lo. Finalmente conseguiu prensar o bicho entre seus braços e, agarrando a criatura, usando todas suas forças e toda sua coragem, agarrou um dos braços do monstro Grendel e o arrancou, separando-o do corpo da grande besta.
Grendel caiu ferido e lançou os mais terríveis gritos que se escutou em toda história do reino. Estava mortalmente ferido. Os companheiros de Beowulf se jogaram também sobre o monstro para aniquilá -lo, mas Grendel conseguiu se recompor e correu espavorido. Quiseram persegui-lo, mas desapareceu entre a entre a névoa e a vegetação. Estava mortalmente ferido e tinha deixado um rastro de sangue desde a sala do palácio até sua toca. O rei, feliz, cumprimentou Beowulf pela façanha e, certo de que o perigo havia passado, providenciou confortáveis aposentos para os guerreiros descansarem o resto da noite.
A vingança do Filho
Enquanto Beowulf e companheiros descansavam, longe de poder ajudar os guardas dinamarqueses, veio a mãe de Grendel, uma criatura completamente desconhecida para todos, furiosa e louca para vingar o filho, fazendo um massacre na sala do trono. Além disso, pegou o braço que Beowulf tinha arrancado do filho e o levou, junto com um nobre da casa do rei. Desapareceu com o braço de Grendel.
Na manhã, quando o rei Hrothgar viu o sucedido, chamou Beowulf e o levou ao local, pedindo-lhe que os livrasse deste novo mal. Assim Beowulf decidiu acabar com tudo aquilo de uma vez por todas. Equipado apenas com sua espada, viajou seguindo rastro de sangue que havia deixado Grendel em sua fuga.
Finalmente, depois de muito caminhar, chegou à margem de um rio. Ali terminava o rastro de sangue de Grendel. Sem saber exatamente até onde se tinha dirigido, Beowulf concluiu que o único caminho que poderia ter tomado sem deixar rastro era o rio. Assim decidiu lançar-se nas águas e buscar por ali. Uma vez submerso nas águas, Beowulf descobriu uma greta nas profundidades do rio. Sendo um nadador experiente, não teve problema em seguir o caminho sob a água. Nadou através de uma gruta até finalmente emergir numa caverna subterrânea.
Justamente ali, diante dele, estava a mãe de Grendel, urrando e sustentando em seus enormes braços o corpo inerte do filho. Beowulf saiu da água e desembainhou a espada. A mãe de Grendel, percebendo o perigo, pôs o filho no chão e se jogou sobre o intruso. Beowulf lutou valentemente com a feroz criatura. Armado com sua espada, pode vencê-la, cravando-a na besta. A mãe de Grendel caiu no chão e, dando os últimos grunidos, morreu.
Beowulf, vendo que finalmente os dinamarqueses poderiam gozar de paz e prosperidade, aproximou-se de Grendel e com um golpe, cortou-lhe a cabeça. Tomou-a e a levou ao rei Hrothgar, como prova que a época de desgraça e tristeza estava para traz. O rei Hrothgar recebeu Beowulf e ofereceu um banquete. Todos os habitantes da Dinamarca acudiram para agradecer pessoalmente a Beowulf por livrá-los do mal que havia se abatido sobre eles.
O Novo Rei
Com muita tristeza, chegou a hora de partir para Beowulf. O rei Hrothgar o encheu de riquezas em agradecimento pela ajuda. Finalmente zarpou de volta a Finlândia, onde foi recebido como grande herói. O jovem rei lhe concedeu altas honras e lhe deu uma vasta extensão de terra. Porém ocorreu que pouco tempo depois do regresso de Beowulf, o jovem rei caiu doente e, ao cabo de alguns dias, morreu. O povo foi ter com Beowulf para que os reinasse e, vendo que era seu dever, se converteu em rei da Finlândia, onde governou durante mais de cinqüenta anos, e a paz reinou em todo o país durante esse tempo.
A fúria de um Dragão
Já sendo Beowulf um ancião, apareceu um dragão que iniciou a destruição em suas terras. O dragão dizia estar furioso porque seu tesouro, que escondia numa caverna sob uma montanha, havia sido roubado. Como Grendel, esta criatura só saia à noite de sua guarida, e destruía as aldeias e devorava seus habitantes. Beowulf resolveu sair para lutar contra o dragão. Assim buscou sua toca e a encontrou. Da única entrada saía fumaça ardente.
Valente, sem mostrar medo algum, Beowulf se pôs frente à saída e gritou seu desafio. O dragão saiu furioso de sua toca, cuspindo fogo de sua boca e nariz, e atacou Beowulf. Já este primeiro ataque quase o aniquila, pois Beowulf já era velho. Mesmo assim pôde se manter e dar luta ao dragão. A batalha foi tão devastadora que só um dos homens do rei Beowulf se manteve por perto; todos os demais fugiram.
Uma rajada de fogo eliminou a espada de Beowulf, e o jogou ao chão. O monstro se lançou sobre ele e cravou suas presas em seu pescoço, mas não percebeu que Wiglaf, o único dos homens do rei que havia permanecido para ajudar monarca, se lançou sobre ele e cravou sua espada na cabeça. O dragão caiu morto imediatamente. Porém o dano estava feito.
O finalWiglaf tratou de ajudar Beowulf a levantar-se e levou-o de volta para que fosse socorrido, mas já era inútil. As feridas provocadas pelo dragão eram muito profundas. Beowulf nomeou neste momento Wiglaf como seu sucessor ao trono da Finlândia. Antes de morrer, Beowulf diz que era "tarde demais para mentiras" e, confessa a seu amigo, Wiglaf, que não matou a mãe de Grendel, que tinha mentido.
Após a cerimônia funerária
Viking de Beowulf, onde seu corpo foi colocado em um barco, posto em chamas e lançado ao mar, quando todos, menos Wiglaf, foram para suas casas, a mãe de Grendel aparece flutuando sobre o corpo de Beowulf e o beixa e, logo após, mergulha no mar. O filme encerra com a cena do demônio saindo do mar e indo em direção a Wiglaf, dando a impressão que vai seduzi-lo, como fez com todos os outros.



Literatura Medieval

“The Dark Ages”. Esse é um dos termos utilizados para descrever quase 1000 anos de história, uma história que é muitas vezes difícil de compreender, devido à falta de documentos da época, sendo a mesma, encoberta por mitos e lendas. A Europa Ocidental esteve sob a regra de centenas de senhores feudais e reis. Castelos dominaram a paisagem, e cidades inteiras foram construídas por detrás de muros como proteção. O Império Romano formalmente legalizado como cristão durante o Século IV, tornando a Igreja uma das mais poderosas instituições medievais, tendo o controle da publicação de livros e da elaboração de leis. Cavaleiros, soldados, camponeses e peregrinos marcharam ao longo de trilhas e estradas européias durante as Cruzadas e trouxe de volta com eles histórias de diferentes culturas, incorporando a sua arquitetura, contos de romances, e avanços na medicina no contexto europeu. As guerras tiveram sua importância, desde William, o Conquistador da invasão da Inglaterra, em 1066, para o Ano “Hundred's War”, que terminou em 1453, sendo que havia alguns anos que não se viam batalhas como estas em algumas partes do Velho Continente. A Europa medieval viu alguma humanidade em mudança no desenvolvimento, tais como a chegada da imprensa no meio do século XV. Isto traria material impresso para as massas, e melhorar a comunicação entre as sociedades. Através destes séculos, a Europa foi lentamente despertando de um sono duro, e começar a semear as sementes de uma renascença.

The canterbury Tales

Os cantos da Cantuária (The canterbury Tales) retratam uma enorme pintura da sociedade da época e, pela variedade dos gêneros em que se enquadram os diferentes contos, apresenta um panorama completo da literatura medieval. Mais que tudo isso, porém, é uma análise profunda da natureza humana, realizada com humor e simpatia. O enredo geral da obra é simples. Vários peregrinos, que pretendem visitar o túmulo de Santos Tomás Becket em Cantuária, reúnem-se por acaso na taverna do Tabardo, ao sul de Londres, e, por segurança, resolvem cavalgar juntos. Para que a viagem transcorra mais agradavelmente, o taberneiro sugere que cada um conte duas histórias na ida e duas na volta, prometendo um belo jantar ao melhor narrador. Como os peregrinos (com Chaucer) eram trinta, o livro deveria perfazer 120 histórias; mas o poeta não chegou a escrever três dezenas. A grandeza do autor se torna ainda mais evidente quando notamos que cada narrador conta um história quase sempre de acordo com sua profissão, seu nível cultural e seu temperamento. Assim, o “Conto do Cavaleiro” é, muito apropriadamente, um romance em estilo nobre e trabalhado; os contos do “Moleiro” e do “Feitor”, indivíduos grosseiros das camadas inferiores, são fablieaux obscenos; o “Conto do Vendedor de Indulgências” é, ironicamente, um exemplum moralista; o “Conto do Pároco” não passa de longo sermão sobre os sete pecados capitais; e assim por diante.
http://www.youtube.com/watch?v=qHg9FANN40k&feature=PlayList&p=841B50709A04AED1&index=0&playnext=1

Chancer

Geoffrey Chaucer (Nascido em Londres, possivelmente no ano de 1343) é lembrado como o autor de “The Canterbury Tales”, Os Contos da Cantuária, sua melhor obra e considerada uma das maiores obras da literatura mundial épico, o que lhe rendeu o título de Pai da Literatura Inglesa. Sua contribuição fundamental para a literatura foi utilizar o Inglês, numa época em que predominava a escrita em anglo-normando ou Latim.
Chancer era filho de um comerciante, mas viveu como uma espécie de agregado da corte, o que lhe garantiu excelente educação, refletida em suas obras, que mostram que ele poderia ler francês, latim e italiano. Casou-se com Philippa Roet, mas não se tem muitas informações sobre sua vida neste período.
Participou como combatente na Guerra dos Cem Anos e mais tarde exerceu funções como diplomata, juiz de paz e parlamentar, o que lhe ajudou em suas experiências com as línguas e também com a inspiração poética.

The prologues

Os contos são precedidos por um "Prólogo", onde se faz a apresentação das personagens. Nessa galeria de retratos há representantes da baixa aristocracia (o Cavaleiro e seu filho Escudeiro) , do clero (a Prioresa,o Monge,o Frade, a Freira, o Secretário da Freira, o Oficialde justiça Eclesiástica,o Proco pobre, o Estudante de Oxford eo Vendedor de Indulgêcias), da burguesia (o Mercador , o médico, o Advogado, a Fabricante de Tecidos --- conhecida como a Mulher de Bath---e o Proprietário de Tentas)e das classes inferiores (como o Moleiro, o Feitor, o Carpinteiro, o Tapeceiro, o Marujo, o Cozinheiro, o Camponês e vários outros). Ao descrever cada tipo,Chaucer demonstra os mais variados sentimentos, desda admiração pelo Cavaleiro e o afeto pelo Pároco pobre até a critica sutilmente irônica à Prioresa e a mal disfasada reprovação pelo Vendedor de Indulgência. Mas a nunhuma dela permanece indiferente, prcurando retratá-los não com parcialidade do moralismo rigoroso, mas com a objetividade do observador perspicaz e toleramente, que ama a vida compreende a natureza humana.