The canterbury Tales

Os cantos da Cantuária (The canterbury Tales) retratam uma enorme pintura da sociedade da época e, pela variedade dos gêneros em que se enquadram os diferentes contos, apresenta um panorama completo da literatura medieval. Mais que tudo isso, porém, é uma análise profunda da natureza humana, realizada com humor e simpatia. O enredo geral da obra é simples. Vários peregrinos, que pretendem visitar o túmulo de Santos Tomás Becket em Cantuária, reúnem-se por acaso na taverna do Tabardo, ao sul de Londres, e, por segurança, resolvem cavalgar juntos. Para que a viagem transcorra mais agradavelmente, o taberneiro sugere que cada um conte duas histórias na ida e duas na volta, prometendo um belo jantar ao melhor narrador. Como os peregrinos (com Chaucer) eram trinta, o livro deveria perfazer 120 histórias; mas o poeta não chegou a escrever três dezenas. A grandeza do autor se torna ainda mais evidente quando notamos que cada narrador conta um história quase sempre de acordo com sua profissão, seu nível cultural e seu temperamento. Assim, o “Conto do Cavaleiro” é, muito apropriadamente, um romance em estilo nobre e trabalhado; os contos do “Moleiro” e do “Feitor”, indivíduos grosseiros das camadas inferiores, são fablieaux obscenos; o “Conto do Vendedor de Indulgências” é, ironicamente, um exemplum moralista; o “Conto do Pároco” não passa de longo sermão sobre os sete pecados capitais; e assim por diante.
http://www.youtube.com/watch?v=qHg9FANN40k&feature=PlayList&p=841B50709A04AED1&index=0&playnext=1

Nenhum comentário:

Postar um comentário