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Apesar de sua dispersão política e cultural, a antiga civilização celta estendeu sua influência por todo o continente europeu, desde as ilhas britânicas até os Balcãs, e mesmo até a Anatólia. Essa influência ainda se percebe em algumas das línguas faladas na Europa, como o gaélico e o bretão. No fim do segundo milênio antes da era cristã, os celtas começaram a individualizar-se como um grupo de características próprias depois de um longo processo de formação, no qual conseguiram impor-se a outros povos e atuar como aglutinadores de todos eles. Assim surgiu uma civilização comum a grande parte da Europa, a cultura dos túmulos (assim denominada em virtude do costume de sepultar os mortos sob grandes túmulos de terra), que alcançou seu desenvolvimento máximo por volta de 1200 a.C. Entre os séculos XII e VIII a.C., floresceu a cultura dos campos de urnas, considerada a primeira grande expansão do povo celta. Suas principais características foram a utilização de objetos de bronze e a celebração de um ritual funerário diferente do da cultura dos túmulos: o morto era incinerado, e suas cinzas postas numa urna.
O apogeu econômico dos celtas e sua presença no mundo comercial de então podem ser detectados na cunhagem de moedas a partir do século IV a.C. Durante o período La Tène, os celtas fixaram residência em lugares de fácil defesa e difícil acesso para os possíveis inimigos ou nas margens dos rios. Foi nessa fase que a religião celta atingiu seu mais alto desenvolvimento. A magia e a adivinhação eram apanágio dos druidas, sacerdotes e sábios, dirigiam as cerimônias religiosas para celebrar as forças da natureza. A atividade desses sacerdotes, depositários da tradição cultural céltica, conservava os vínculos entre os povos celtas do continente e os das ilhas britânicas. No século IV a.C., os celtas iniciaram uma profunda incursão na Itália.

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